Skip to the content

Menu
Estas são as (novas) medidas do Governo para mitigar impacto da guerra
15 março Empresas
Novos apoios governamentais no âmbito do conflito na Ucrânia foram apresentados pelo Governo na segunda-feira. Saiba aqui o que está em causa.
O Governo anunciou na segunda-feira um pacote de medidas que visam apoiar os consumidores e as empresas mais afetadas pelas consequências da guerra na Ucrânia e para assegurar os bens essenciais para o país e, em particular, para o setor agrícola.
Para isto, o Governo definiu três prioridades:
Assegurar bens essenciais;
Apoiar as empresas afetadas;
Apoiar os consumidores perante a subida de preços.
"O Governo, com estas e com outras medidas que venha a tomar, pretende proteger a atividade económica, mitigando as sérias consequências geradas pela invasão militar da Rússia contra a Ucrânia", referiu o Executivo, em comunicado.
Além disso, o Governo vai avançar com um mecanismo de apoio às famílias mais vulneráveis - na prática, uma nova prestação social -, para fazer face ao aumento do preço dos combustíveis e dos bens alimentares, anunciou o ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
Trata-se de um mecanismo de apoio às famílias mais vulneráveis ao aumento dos preços de bens alimentares que deverá abranger os agregados familiares que são beneficiários da tarifa social de energia elétrica e outras prestações sociais. O universo potencial deverá, assim, ser o dos 1,4 milhões de beneficiários da tarifa social de eletricidade, não estando ainda afastada a hipótese de ser mais alargado.
Sem entrar em detalhes, Pedro Siza Vieira referiu que o montante exato da prestação a ser atribuída a estas famílias bem como o universo deverão ficar definidos num dos próximos Conselhos de Ministros.
Numa publicação na rede social Instagram, o Governo reuniu todas as medidas que foram anunciadas de modo a mitigar o impacto da guerra em território nacional. São as seguintes:
Assegurar bens essenciais
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, assegurou que não existem dificuldades no abastecimento de bens essenciais importados e que estão assegurados aprovisionamentos até junho, mas afirmou ser "inevitável" um aumento de preços.
Deste modo, entre as medidas anunciadas, o Governo destaca os seguintes pontos:
Aprovisionamento de stocks de cereais;
Diversificação de fornecedores;
Monitorização de produtos energéticos.
Apoiar as empresas afetadas
Linha de crédito para empresas de 400 milhões de euros;
Com o objetivo de "manter e a preservar a capacidade produtiva das empresas mais impactadas pelo conflito na Ucrânia", o Governo anunciou a nova linha de crédito - Linha 'Apoio à Produção' - com "garantia pública, disponibilizada pelo Banco Português de Fomento, com uma dotação global de 400 milhões de euros, e cobertura de 70% do crédito, num prazo de até 8 anos, com 12 meses de carência de capital", adiantou o Executivo.
Apoios a fundo perdido para compensar aumentos de custos com energia.
Apoiar as empresas de transportes
Transportes de mercadorias e TVDE: Apoio de 30 cêntimos por litro de combustível;
Flexibilização de pagamentos fiscais - Esta medida permite o pagamento de impostos em três ou seis prestações para entrega de IVA, retenções na fonte de IRS e IRC, abrangendo todas as empresas de transportes por conta de outrem, passageiros e mercadorias.
Apoiar o setor agrícola
Redução/isenção de ISP para gasóleo agrícola;
Apoio à eletricidade verde;
Linha de crédito para setores da suinicultura e leite: 8,5 milhões de euros;
Aumentar a linha de crédito para a seca: 50 milhões de euros.
Apoiar os consumidores
Redução do ISP para anular o aumento da receita do IVA - Esta medida permitiu, no início desta semana, baixar o ISP do gasóleo em 2,4 cêntimos e o da gasolina em 1,7 cêntimos;
Aumento do AUTOvoucher - Este mês o desconto atribuído no âmbito do programa é de 20 euros;
Suspensão da taxa de carbono - O Governo anunciou que a atualização da taxa de carbono nos combustíveis, que o Governo tinha congelado até final de março, vai ser novamente adiada até ao final de junho;
Redução das tarifas de acesso às redes elétricas.