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Apoio a 'startups' através do programa de residência digital
04 abril Empresas
O Governo pretende apoiar as 'startups' e concretizar "um programa de residência digital", que simplifica os processos de acolhimento de imigrantes para a aquisição e retenção de talentos estrangeiros, de acordo com o programa hoje entregue no parlamento.
No âmbito da transformação digital do tecido empresarial, o Governo de António Costa pretende apoiar as 'startups' e atrair talento, "concretizando um programa de residência digital, simplificando os processos de acolhimento de imigrantes, para aquisição e retenção de talentos estrangeiros".
Além disso, prevê estender "o programa KEEP, que tem como objetivo reter o talento e os trabalhadores altamente qualificados das 'startups', promovendo o programa StartUP Visa além-fronteiras como um programa para o acolhimento de empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto em Portugal e desenvolvendo programas de intercâmbio e/ou estágios por parte de recursos humanos dos Centros de Interface e CoLabs com congéneres de referência internacionais", lê-se no documento.
O executivo liderado por António Costa pretende também "estimular a digitalização e a integração das cadeias de valor dos fornecedores e parceiros das grandes empresas e das PME líderes nos temas Empresas + Digitais, divulgando e facilitando o acesso a instrumentos e mecanismos de investimento e financiamento orientados a suportar a evolução da maturidade digital" das pequenas e médias empresas (PME).
Tal visa promover o autodiagnóstico da maturidade digital e suportar "a definição de roteiros para a transformação digital, apoiando a integração do investimento tecnológico, capacitando as organizações e facilitando a transformação organizacional, criando e adaptando os fundos e linhas de apoio à tipologia e à diversidade de projetos para incentivar o aumento de escala e a transformação digital", através de acesso a um catálogo de serviços digitais.
Inclui a implementação de planos de formação setoriais (Emprego + Digital) "que permitam dotar os quadros de gestão e técnicos das PME, disponibilizando mecanismos de formação orientados para as necessidades específicas e em formatos compatíveis com a articulação do dia-a-dia das PME".
O objetivo é capacitar as empresas e facilitar a transformação organizacional, "partilhando e disseminando o conhecimento gerado por experimentação e implementação de tecnologias e práticas em estreita colaboração com os Digital Innovation Hubs nas vertentes de intensificação da utilização de Inteligência Artificial, Cibersegurança e Computação de Alto Desempenho".
O Governo pretende também reforçar a cibersegurança das empresas em termos das infraestruturas digitais e operacionais, bem como o desenvolvimento de competências (gerais e especializadas) dos recursos humanos, concretizando os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Está também prevista a aposta na criação "de uma rede nacional de 'Test Beds' através de infraestruturas que visam criar as condições necessárias às empresas para o desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços e acelerar o processo de transição digital, seja por via de espaço e equipamento físico com forte componente digital ou de simulador virtual/digital", refere o programa.
Estimular a digitalização das PME, mais concretamente as microempresas do setor comercial, é outra das apostas, tendo como objetivo "ativar os seus canais de comércio digital, incorporar tecnologia nos modelos de negócio e desmaterializar os processos com clientes e fornecedores" através das tecnologias via Aceleradoras de Comércio Digital e Bairros Comerciais Digitais.
O Governo pretende ainda impulsionar a digitalização da economia do oceano, alargando o funcionamento da Janela Única Logística a todos os portos nacionais e a todos os corredores logísticos.
Ou seja, desenvolver os portos e redes logísticas do futuro "assentes num novo conjunto de mecanismos de colaboração e digitalização das comunidades portuárias e logísticas, aprofundando a digitalização a bordo das embarcações de pesca e da marinha mercante, maximizando os 'Port Tech Clusters' e potenciando os portos como ecossistemas de inovação para a economia azul e desenvolvendo uma nova versão do Bluetech Accelerator, com o objetivo de criar programas de aceleração da inovação na economia azul".
Está também previsto estimular o trabalho à distância, "tal como preconizado na Rede de Espaços de Coworking/Teletrabalho no Interior, potenciando o recurso ao teletrabalho como meio de flexibilidade da prestação de trabalho e como possibilidade de maximizar o uso das tecnologias no âmbito de outras formas contratuais" e "estimulando o aparecimento de funções em regime misto de trabalho presencial e teletrabalho" que possam ser prestadas fora das grandes cidades, "estabelecendo incentivos para a deslocalização de postos de trabalho" para zonas do interior ou fora dos grandes centros urbanos.
O objetivo é criar condições para que possam ser criados centros de apoio ou de teletrabalho no interior do país, "designadamente através da disponibilização de espaços de trabalho partilhados ('cowork'), dotando os organismos e serviços públicos de capacidade para acolhimento e implementação desta opção de trabalho, experimentando, em serviços-piloto da Administração Pública, o trabalho remoto a tempo parcial e fixando objetivos quantificados para a contratação em regime de teletrabalho na Administração Pública", conclui.